quinta-feira, 1 de novembro de 2012



DISSERTAÇÃO ARGUMENTATIVA

JÁ QUE NESTE FIM DE SEMANA ACONTECERÁ O ENEM, RESOLVI POSTAR ALGUMAS DICAS PARA A DISSERTAÇÃO.

Olha, gente, essas dicas são como as formas de bolo. Se vocês completarem corretamente os espaços, tudo dará certo.
Essa dissertação é para ser feita com cinco parágrafos de mais ou menos cinco linhas cada. Somando tudo teremos uma redação de vinte e cinco linhas.

1º PARÁGRAFO
OPINIÃO + 1 ARGUMENTO + 2 ARGUMENTO + 3 ARGUMENTO

É DE CONHECIMENTO GERAL QUE EM PLENO SÉCULO XXI, (OPINIÃO), POIS (1º ARGUMENTO), ALÉM DE (2º ARGUMENTO) E (3º ARGUMRNTO).
ARGUMENTO = O PORQUÊ =


2º PARÁGRAFO
EXPLICAR O 1º ARGUMENTO
PERCEBE-SE ...


3º PARÁGRAFO
EXPLICAR O 2º ARGUMENTO
SABE-SE ...


4º PARÁGRAFO
EXPLICAR O 3º ARGUMENTO
NOTA-SE ...

5º PARÁGRAFO
TENDO EM VISTA OS ARGUMENTOS APRESENTADOS + (REAFIRMAÇÃO DA OPINIÃO) +( DESEJO FINAL OU SUGESTÃO)


OUTRAS FORMAS DE INICIAR A CONCLUSÃO (5º PARÁGRAFO)

DESSA FORMA...
SENDO ASSIM...
EM VIRTUDE DO QUE FOI MENCIONADO...
ASSIM...
POR TUDO ISSO...
DADO O EXPOSTO...
TENDO EM VISTA OS ASPECTOS OBSERVADOS...

É isso aí gente! Espero que ilumine vocês essa pequena dica. Meu desejo é SUCESSO. O sucesso do aluno é o meu sucesso.


sábado, 15 de setembro de 2012

Parabéns aos alunos que participaram do desafio que eu coloquei em relação às variedades linguísticas. Gostei dos comentários. Nosso objetivo foi alcançado,  entendemos que o preconceito linguístico deve ser combatido e ainda que a língua padrão e coloquial apresentam riquezas e que todas a variantes têm seu valor.

ENTREVISTA COM EVANILDO BECHARA

Olha só gente, o que o Professor Evanildo Bechara fala a respeito de nossa língua e essa questão de ensino de gramática. Concordo perfeitamente com ele, Nós, professores, devemos mostrar toda a beleza de nosso idioma. A língua deve ser usada de uma forma PRÁTICA, isso é liberdade, escolher a variedade linguística mediante a necessidade.

Acompanhe o link com a entrvista.
http://www.youtube.com/watch?v=LUQFzMIGKo0

PAIDEIA

História

Inicialmente, a palavra paideia (de paidos - criança) significava simplesmente "criação de meninos". Mas, como veremos, este significado inicial da palavra está muito longe do elevado sentido que mais tarde adquiriu.
O termo também significa a própria cultura construída a partir da educação. Era o ideal que os gregos cultivavam do mundo, para si e para sua juventude. Uma vez que o governo próprio era muito valorizado pelos gregos, a Paideia combinava ethos (hábitos) que o fizessem ser digno e bom tanto como governado quanto como governante. O objetivo não era ensinar ofícios, mas sim treinar a liberdade e nobreza. Paideia também pode ser encarada como o legado deixado de uma geração para outra na sociedade.
Do significado original da palavra paideia como criação de meninos, o conceito alarga-se para, no século IV a.C., adquirir a forma cristalizada e definitiva com que foi consagrado como ideal educativo da Grécia clássica.
Como diz Jaeger (1995), os gregos deram o nome de paideia a "todas as formas e criações espirituais e ao tesouro completo da sua tradição, tal como nós o designamos por Bildung ou pela palavra latina, cultura." Daí que, para traduzir o termo paideia "não se possa evitar o emprego de expressões modernas como civilização, tradição, literatura, ou educação; nenhuma delas coincidindo, porém, com o que os gregos entendiam por paideia. Cada um daqueles termos se limita a exprimir um aspecto daquele conceito global. Para abranger o campo total do conceito grego, teríamos de empregá-los todos de uma só vez." (Jaeger, 1995: 1).
A paideia, vem a significar "cultura entendida no sentido perfectivo que a palavra tem hoje entre nós: o estado de um espírito plenamente desenvolvido, tendo desabrochado todas as suas virtualidades, o do homem tornado verdadeiramente homem" (Marrou, 1966: 158).

Paideia na atualidade

Mortimer Adler - um filósofo norte-americano - tenta, com sua produção científica, resgatar a paideia hoje, na nossa contemporaneidade. Ele destaca a importância de ler, estudar e apreender as ideias dos grandes pensadores, e a vida toda, lutou por isso.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

ATIVIDADE ORIENTADA

OLÁ, MEUS QUERIDOS! VAMOS TESTAR NOSSOS CONHECIMENTOS EM UMA ATIVIDADE DE PESQUISA EM GRUPO.

A PRIMEIRA ATITUDE É LER ATENTAMENTE O TEXTO E DEPOIS FAZER O QUE SE PEDE LOGO ABAIXO:



1    1.      ENCONTRAR OS SIGNIFICADOS DOS REGIONALISMOS (USE O GOOGLE OU QUALQUER OUTRO SITE DE BUSCA - TAMBÉM SUGIRO  PÁGINA www.dicionarioinformal.com.br)
2    2-       PRODUZIR UM TEXTO COMENTANDO SE EXPRESSÕES REGIONAIS CONSEGUEM COMUNICAR OU DEVEM SER CONSIDERADAS ERRADAS - PARA ISSO PESQUISE O QUE É PRECONCEITO LINGUÍSTICO E POLISSEMIA

      3-    ENVIAR TEXTOS PARA obemamado@hotmail.com ou comentar a postagem no blog.
       

       TEXTO ( Não se assustem, não estou ficando louco esse texto é um cordel e meu objetivo é mostrar regionalismos)

  

    Ela deu o tabaco e ele levou fumo
(Dalinha Catunda)

Essa vida de bodegueiro,
Não é brincadeira não.
Na venda de fumo de rolo,
Foi a maior confusão.
E quem quase levou fumo,
Foi a mulher do patrão.

Um sujeito todo xistoso
Queria tabaco
comprar.
A mulher do bodegueiro,
Que não sabia
despachar.
Arrumou uma encrenca
Que depois vou lhes contar.

Primeiro eu vou contar,
A
aventura de seu Zé.
Que queria comprar fumo,
Mas sabe como é que é,
Com bodegueiro invocado,
Quase levou ponta pé

Seu Zé chegou à bodega,
Querendo fumo comprar.
Espiou bem os bons rolos.
Chegando a se arrepiar
Diante de tanta fartura.
Bom fumo ele iria levar.

Perguntou ao bodegueiro,
Que atendia no balcão.
Quais os tipos de fumo
Qual a melhor sugestão
O bodegueiro prestimoso
Deu-lhe toda a atenção.

Esse aqui é um fumo bom
Acredite meu senhor.
O freguês cheirou o fumo
E em seguida espirrou.
Pediu outro mais forte.
Aquele não lhe agradou.

O atendente atencioso
Não tardou a lhe
ofertar,
Um novo rolo de fumo
Para ele então apreciar,
Dessa vez além do espirro,
Ouviu-se um peido no ar.

Pensando que o espirro,
Conseguira o peido abafar
Pediu ao comerciante,
Um mais forte pra cheirar.
E o bodegueiro alterado
Rasgou o verbo a falar.

Meu amigo francamente,
É bem difícil lhe agradar,
No primeiro você espirrou,
No segundo chegou a peidar.
Se usar um fumo mais forte,
No recinto você vai cagar.

Por isso o senhor se retire,
Antes que eu faça besteira.
Estou aqui trabalhando,
E não sou de brincadeira.
Se quer mesmo levar fumo,
Conheço outras maneiras.

O comprador aperreado,
Foi tratando de se afastar
O bom fumo que ele queria,
Mas não consegui comprar,
De outro fumo diferente,
Não estava ali pra provar.


A mulher viu que marido,
Estava cheio de aflição.
De pressa tomou a frente,
Foi atender ao balcão
Mas novamente pintou
Sintomas de confusão.

Ela pouco experiente,
Ignorando mercadorias.
Escutou de um sujeito,
E achou que era putaria,
Um pergunta inofensiva
Que o pobre diabo fazia

A senhora tem tabaco?
Perguntou o tal cidadão.
Tenho sim desaforado,
Mas não é pro teu bico não.
Tenha comigo respeito,
Ou então lhe enfio a mão.

Que cara mais safado,
Que sujeitinho atrevido,
Merece boas pauladas,
E tapas no pé do ouvido,
Ou mesmo virar defunto,
Por obra de meu marido.

O cabra arregalou os olhos,
Não entendendo a questão.
Quanto mais ele falava,
Mais vinha complicação.
Queria provar com o dedo,
E era ali mesmo no balcão!

Senhora não estou pedindo,
Eu quero mesmo é comprar.
Se for bem cheirosinho,
Pode até o dobro cobrar.
Que sou viciado em tabaco
E pago o que for pra cheirar

A mulher ficou vermelha,
Estava prestes a explodir.
Indignada com a proposta,
Que acabara de ouvir
A cara do sujeitinho,
Até pensou em partir.

O homem ficou passado,
Sem saber bem o que dizer.
A mulher bufava de raiva,
E ele sem nada entender.
Só por causa de um tabaco
Ela estava a se ofender.

A polícia foi chamada.
Veja só que confusão.
O marido e os filhos,
Bateram no cidadão.
Que queria a todo custo,
O tabaco em sua mão.

Quando a polícia chegou,
Botou ordem na bodega.
E o sujeito com razão,
A sua inocência alega.
E os insultos alegados
Com veemência ele nega.

O freguês ficou parado,
E a mulher falou: Qual é?
Minha senhora só queria,
Umas graminhas de rapé
Um pouquinho de torrado,
E depois eu dava no pé.

Foi então que a polícia,
Marido e filho deram fé,
Chegaram a conclusão,
Que o tabaco era rapé,
Torrado pra se cheirar,
E não bicho de mulher

Por isso meu amigo
Preste muita atenção
Na hora de comprar fumo
E querer tabaco na mão.
Pois acaba levando fumo.
Quem deles faz confusão.

Quando tudo se ajeitou,
E acabou a confusão.
Seu Zé saiu satisfeito
Levando o fumo na mão
E até saiu sorrindo
Com aquela arrumação.

A mulher do bodegueiro,
Depois de se acalmar.
Foi logo dando o tabaco.
Que o moço queria usar.
Daquela hora em diante,
Reinou a paz no lugar.

Se você quer levar fumo,
Ou um tabaco de primeira,
Meça bem suas palavras.
E não vá fazer besteira,
Pois fica sempre na mão,
Aquele que faz asneira.
 





segunda-feira, 13 de agosto de 2012

VOU DAR DICAS DE COMO USAR O "HÁ" OU "A"

Usa-se “há” quando o verbo “haver” é impessoal, tem sentido de “existir” e deve ser conjugado na terceira pessoa do singular.

Exemplo: possibilidades de sucesso.
Existem possibilidades de sucesso.

(Note que o verbo existir foi para o plural e o verbo haver ficou no singular, pois nesse sentido ele é invariável)

Ainda como impessoal, o verbo “haver” é utilizado em expressões que indicam tempo decorrido, assim como o verbo “fazer”.

Exemplos: muito tempo não te vejo.
Faz muito tempo que não te vejo.

Quando não for possível a conjugação do verbo “haver” nem no sentido de “existir”, nem de “tempo decorrido”, então, emprega-se “a”.

Exemplos: Daqui a pouco a aula terminará.
Estamos a dez minutos do fim da aula.

(Note que nesses casos temos uma ideia de futuro)

Logo:

Ideia de tempo decorrido =

ideia de futuro  =
 
Importante: Não se usa “Há muitos anos atrás”, pois é redundante, pleonasmo. Não é necessário colocar “atrás”, uma vez que o verbo “haver” está no sentido de tempo decorrido.
Olha gente! Sobre o poema de Álvares de Azevedo.




sábado, 11 de agosto de 2012

Olá gente! Estou postando uma rápida interpretação de um soneto de Álvares de Azevedo.

Confiram o link que está no fim do poema, pois é a aula no meu canal youtube

SONETO

Pálida à luz da lâmpada sombria,
Sobre o leito de flores reclinada,
Como a lua por noite embalsamada,
Entre as nuvens do amor ela dormia!

Era a virgem do mar, na escuma fria
Pela maré das águas embalada!
Era um anjo entre nuvens d'alvorada
Que em sonhos se banhava e se esquecia!

Era mais bela! o seio palpitando
Negros olhos as pálpebras abrindo
Formas nuas no leito resvalando

Não te rias de mim, meu anjo lindo!
Por ti - as noites eu velei chorando,
Por ti - nos sonhos morrerei sorrindo!


http://www.youtube.com/watch?v=AlaJSREAh9g&feature=plcp

sexta-feira, 10 de agosto de 2012


PERÍODO SIMPLES 
(TIPOS DE SUJEITO)

As partes que formam as orações são chamadas dentro da Sintaxe de termos. Observe que não é apenas a palavra que importa nesse estudo, mas a relação entre uma e outra palavra; exemplificando:

Eu ganhei uma blusa.
(blusa = substantivo = objeto dessa oração)

A blusa era nova.
(blusa = substantivo = sujeito dessa oração)

O número de palavras que uma oração contém não expressa, necessariamente, o número de termos.

O pequeno João comprou os livros solicitados.
3 palavras = sujeito 4 palavras=predicado

Claro que quanto mais se dividir os termos da oração, achando seus núcleos, mais se reduzirá o número de palavras a um representar outro termo. Ainda utilizando o exemplo acima:

O pequeno João comprou os livros solicitados.
3 palavras = sujeito simples 4 palavras=predicado verbal
João= núcleo do suj. comprou= núcleo do pred.
o=adjunto adnominal os livros solicitados= objeto direto
pequeno=adj.adnominal livros= núcleo do OD
os= adjunto adnominal
solicitados= adjunto adnominal

Calma. Para refazer a análise em qualquer oração basta começar analisando os núcleos e identificar a função dos temos que sobram até chegar à última palavra da oração.

Vamos estudar a função que cada uma das palavras pode exercer, a partir de três grupos de termos:

a. Termos essenciais: Sujeito e Predicado.

b. Termos integrantes: Complementos Verbais, Complemento Nominal, Agente da passiva.

c. Termos acessórios: Adjuntos e Aposto.

III. Estudo do Sujeito.

Sujeito: termo sobre o qual se declara algo. Observe que é considerado essencial na oração; normalmente, o verbo concorda com o sujeito, então, tente primeiro identificar o verbo.

1. Simples: apresenta um único núcleo.

“Jorge tirava as luvas, calado.”

2. Composto: apresenta dois ou mais núcleos.

“Àquela hora D. Felicidade e Luísa chegavam ao Passeio.”

3. Oculto, elíptico (implícito) ou desinencial (não consta na NGB – Nomenclatura Gramatical Brasileira): ocorre quando a terminação verbal indica o pronome pessoal; ou, interpretasse o sujeito através do contexto.

Pelas três da tarde, Juliana entrou na cozinha e atirou-se para uma cadeira, derreada.”

Sabemos, pelo contexto, que foi “Juliana” quem se atirou na cadeira. “Juliana” será sujeito simples para o verbo entrar e o sujeito do verbo atira-se. Subentende-se; por isso é chamado elíptico.

O sujeito simples, o composto e o oculto, na Gramática, são chamados determinados.

4. Por vezes, o sujeito da oração não é determinado: ou porque o emissor não quer identificá-lo ou porque não se sabe, precisamente, quem é ele; informa-se a ação feita por este sujeito.

Indeterminado:

Cortaram-me o cabelo...- murmurou tristemente.”

No Rocio, sob as árvores, passeava-se; pelos bancos gente parecia dormitar...”

Observe as estruturas das orações com sujeito indeterminado:

1. verbo na 3a do plural (sem referência a sujeito no contexto)

2. verbo na 3a do singular + se
(não transitivo direto) (índice de indeterminação do sujeito)

Importante notar que o verbo da 2a estrutura não poderá ser VTD ou VTDI. O motivo é simples: a estrutura VTD + SE forma VOZ PASSIVA SINTÉTICA – matéria que será estudada posteriormente; mas, você já pode guardar essa informação: na voz passiva, o objeto direto (complemento verbal) passará sempre a sujeito paciente. Essa é a característica principal da voz passiva; portanto, se o objeto será o sujeito, não se pode falar em sujeito indeterminado – ele será paciente (não faz ação), simples ou composto.

Vamos ver um exemplo dessa ocorrência:

a. O aluno comprou um livro. (Voz Ativa – sujeito é agente)

b.Um livro foi comprado pelo aluno. (Voz Passiva Analítica – sujeito é paciente)

c.Comprou-se um livro. (Voz Passiva Sintética)

Os termos em destaque nas orações acima têm função de sujeito. Veja: “um livro” era objeto direto na oração 1 e passou a ser sujeito nas orações 2 e 3.

5. Oração sem sujeito – Sujeito Inexistente.

Já sabemos qual a definição mais comum nas Gramáticas sobre sujeito: trata-se de um termo essencial sobre o qual se declara “algo”; porém, com razão, muitos estudiosos da língua acreditam ser equivocada essa definição. Basta verificar que, em nossa língua, existe a oração sem sujeito, portanto, não se pode afirmar que o sujeito é essencial; poder-se-ia dizer que o essencial é classificar o sujeito – esta, sim, uma afirmação que podemos fazer sem risco de errar.
Na oração sem sujeito, não um termo sobre o qual se declare algo; simplesmente, faz-se uma declaração, informa-se alguma coisa, trata-se de uma constatação. Tanto é assim que os verbos que indicam fenômenos da natureza são impessoais: não admitem sujeito, por quê? Porque se diz “chove forte”, constata-se o fenômeno natural. E se seguirmos a definição convencional de sujeito, procurando nesta frase sobre o que se está falando, chegaremos à conclusão de que se está falando do próprio fenômeno, que é expresso pelo verbo e não por um
substantivo ou pronome. Diferente seria afirmar “a chuva está forte”, aqui se está afirmando algo sobre “a chuva”.

Feita essa introdução, você deverá preocupar-se em perceber quais as estruturas verbais que representarão as orações sem sujeito. Fique atento  às estruturas e ao sentido.

Sempre encontraremos orações sem sujeito com o verbo HAVER, desde que ele esteja no sentido de existir, ocorrer (realizar), acontecer ou indicando tempo passado. Veja alguns exemplos:

Havia muitos curiosos na rua.
(HAVER - no sentido de existir)

um ano não nos encontrávamos.
(HAVER - indicando tempo passado)

II. Outras estruturas de oração sem sujeito

O verbo SER, quando usado para indicar circunstâncias ligadas a tempo, clima, distância e indicação de horas.

São 7 horas.
(SER – indicando horas, distância, temperatura)

Chovia naquela noite.
(Fenômenos da natureza)

Atenção também aos verbos FAZER e ESTAR, indicando circunstâncias relacionadas a tempo ou clima.

Fazia calor na sala.
(FAZER – indicando tempo passado ou clima)

Está 30o graus em São Paulo.
(ESTAR – indicando clima)

III. Concordância dos verbos impessoais - HAVER

O verbo HAVER, quando impessoal, não admite sujeito e deverá ser flexionado na 3ª pessoa do singular.

Havia muitos alunos na sala.(CORRETA)

Haviam muitos alunos na sala.(INCORRETA)

O verbo HAVER nem sempre será impessoal, pois ele poderá ser empregado como auxiliar nos tempos compostos será flexionado no plural, se houver um sujeito plural.

Os alunos haviam feito várias perguntas ao professor.

IV. Regra geral de Concordância Verbal: verbo concorda com o sujeito.

Existiam muitos alunos na sala.(CORRETA)
(Sujeito)

Existia muitos alunos na sala.(INCORRETA)

OUTROS VERBOS IMPESSOAIS

Os verbos que indicam FENÔMENOS DA NATUREZA são impessoais, não admitem sujeito e devem ficar na terceira pessoa do singular. É o que se ocorre com os verbos: chover, gear, nevar, trovejar, amanhecer, anoitecer, relampejar. Preste atenção ao verbo quando usado em sentido figurado; neste caso, ele concordará com o sujeito presente na oração:

“Choveram comentários sobre você”; na frase, o sujeito é comentários, por isso o verbo foi colocado no plural.

O verbo FAZER, ao indicar tempo decorrido, não admite plural, pois não possui sujeito, deve ser usado na 3a. pessoa do singular, tal qual o HAVER.

Faz dois anos que não o encontro.(CORRETA) – “dois anos” é
o objeto do verbo.

Fazem dois anos que não o encontro.(INCORRETA)

III. Verbos impessoais, formando locução verbal:

O verbo principal, o último escrito na locução verbal (auxiliar + verbo principal), será aquele a indicar qual deverá ser a flexão do verbo auxiliar: assim, se o verbo principal for um impessoal, o auxiliar também o será; se o principal for pessoal, o auxiliar concordará com o sujeito presente.

Deve haver questões mais simples. (Oração sem sujeito)

Devem existir questões mais simples.(Sujeito é “questões”)

Há de haver questões mais simples. (Oração sem sujeito)

Hão de existir questões mais simples.(Sujeito é “questões”)

VI. O verbo SER concorda com predicativo (representado por indicação numérica).

O verbo SER “escapa” da regra dos impessoais.

São 7 horas.

Amanhã serão 27 de março.

Eram 13 quilômetros até sua casa.

Devem ser 2 horas agora.

VII. Casos especiais:

1.Verbos em sentido figurado: concordam com o sujeito.

Choveram comentários sobre as circunstâncias do fato.
(sujeito)

2.Verbo TER usado como HAVER: torna-se impessoal.

Tinha muitas testemunhas no local.

3.Verbos PARECER e FICAR:

Parecia noite, de tantas nuvens escuras.

De repente, ficou dia.

4.Verbos BASTAR e CHEGAR + DE:

Basta de violência!

Chega de tanta confusão!