sábado, 15 de setembro de 2012

Parabéns aos alunos que participaram do desafio que eu coloquei em relação às variedades linguísticas. Gostei dos comentários. Nosso objetivo foi alcançado,  entendemos que o preconceito linguístico deve ser combatido e ainda que a língua padrão e coloquial apresentam riquezas e que todas a variantes têm seu valor.

ENTREVISTA COM EVANILDO BECHARA

Olha só gente, o que o Professor Evanildo Bechara fala a respeito de nossa língua e essa questão de ensino de gramática. Concordo perfeitamente com ele, Nós, professores, devemos mostrar toda a beleza de nosso idioma. A língua deve ser usada de uma forma PRÁTICA, isso é liberdade, escolher a variedade linguística mediante a necessidade.

Acompanhe o link com a entrvista.
http://www.youtube.com/watch?v=LUQFzMIGKo0

PAIDEIA

História

Inicialmente, a palavra paideia (de paidos - criança) significava simplesmente "criação de meninos". Mas, como veremos, este significado inicial da palavra está muito longe do elevado sentido que mais tarde adquiriu.
O termo também significa a própria cultura construída a partir da educação. Era o ideal que os gregos cultivavam do mundo, para si e para sua juventude. Uma vez que o governo próprio era muito valorizado pelos gregos, a Paideia combinava ethos (hábitos) que o fizessem ser digno e bom tanto como governado quanto como governante. O objetivo não era ensinar ofícios, mas sim treinar a liberdade e nobreza. Paideia também pode ser encarada como o legado deixado de uma geração para outra na sociedade.
Do significado original da palavra paideia como criação de meninos, o conceito alarga-se para, no século IV a.C., adquirir a forma cristalizada e definitiva com que foi consagrado como ideal educativo da Grécia clássica.
Como diz Jaeger (1995), os gregos deram o nome de paideia a "todas as formas e criações espirituais e ao tesouro completo da sua tradição, tal como nós o designamos por Bildung ou pela palavra latina, cultura." Daí que, para traduzir o termo paideia "não se possa evitar o emprego de expressões modernas como civilização, tradição, literatura, ou educação; nenhuma delas coincidindo, porém, com o que os gregos entendiam por paideia. Cada um daqueles termos se limita a exprimir um aspecto daquele conceito global. Para abranger o campo total do conceito grego, teríamos de empregá-los todos de uma só vez." (Jaeger, 1995: 1).
A paideia, vem a significar "cultura entendida no sentido perfectivo que a palavra tem hoje entre nós: o estado de um espírito plenamente desenvolvido, tendo desabrochado todas as suas virtualidades, o do homem tornado verdadeiramente homem" (Marrou, 1966: 158).

Paideia na atualidade

Mortimer Adler - um filósofo norte-americano - tenta, com sua produção científica, resgatar a paideia hoje, na nossa contemporaneidade. Ele destaca a importância de ler, estudar e apreender as ideias dos grandes pensadores, e a vida toda, lutou por isso.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

ATIVIDADE ORIENTADA

OLÁ, MEUS QUERIDOS! VAMOS TESTAR NOSSOS CONHECIMENTOS EM UMA ATIVIDADE DE PESQUISA EM GRUPO.

A PRIMEIRA ATITUDE É LER ATENTAMENTE O TEXTO E DEPOIS FAZER O QUE SE PEDE LOGO ABAIXO:



1    1.      ENCONTRAR OS SIGNIFICADOS DOS REGIONALISMOS (USE O GOOGLE OU QUALQUER OUTRO SITE DE BUSCA - TAMBÉM SUGIRO  PÁGINA www.dicionarioinformal.com.br)
2    2-       PRODUZIR UM TEXTO COMENTANDO SE EXPRESSÕES REGIONAIS CONSEGUEM COMUNICAR OU DEVEM SER CONSIDERADAS ERRADAS - PARA ISSO PESQUISE O QUE É PRECONCEITO LINGUÍSTICO E POLISSEMIA

      3-    ENVIAR TEXTOS PARA obemamado@hotmail.com ou comentar a postagem no blog.
       

       TEXTO ( Não se assustem, não estou ficando louco esse texto é um cordel e meu objetivo é mostrar regionalismos)

  

    Ela deu o tabaco e ele levou fumo
(Dalinha Catunda)

Essa vida de bodegueiro,
Não é brincadeira não.
Na venda de fumo de rolo,
Foi a maior confusão.
E quem quase levou fumo,
Foi a mulher do patrão.

Um sujeito todo xistoso
Queria tabaco
comprar.
A mulher do bodegueiro,
Que não sabia
despachar.
Arrumou uma encrenca
Que depois vou lhes contar.

Primeiro eu vou contar,
A
aventura de seu Zé.
Que queria comprar fumo,
Mas sabe como é que é,
Com bodegueiro invocado,
Quase levou ponta pé

Seu Zé chegou à bodega,
Querendo fumo comprar.
Espiou bem os bons rolos.
Chegando a se arrepiar
Diante de tanta fartura.
Bom fumo ele iria levar.

Perguntou ao bodegueiro,
Que atendia no balcão.
Quais os tipos de fumo
Qual a melhor sugestão
O bodegueiro prestimoso
Deu-lhe toda a atenção.

Esse aqui é um fumo bom
Acredite meu senhor.
O freguês cheirou o fumo
E em seguida espirrou.
Pediu outro mais forte.
Aquele não lhe agradou.

O atendente atencioso
Não tardou a lhe
ofertar,
Um novo rolo de fumo
Para ele então apreciar,
Dessa vez além do espirro,
Ouviu-se um peido no ar.

Pensando que o espirro,
Conseguira o peido abafar
Pediu ao comerciante,
Um mais forte pra cheirar.
E o bodegueiro alterado
Rasgou o verbo a falar.

Meu amigo francamente,
É bem difícil lhe agradar,
No primeiro você espirrou,
No segundo chegou a peidar.
Se usar um fumo mais forte,
No recinto você vai cagar.

Por isso o senhor se retire,
Antes que eu faça besteira.
Estou aqui trabalhando,
E não sou de brincadeira.
Se quer mesmo levar fumo,
Conheço outras maneiras.

O comprador aperreado,
Foi tratando de se afastar
O bom fumo que ele queria,
Mas não consegui comprar,
De outro fumo diferente,
Não estava ali pra provar.


A mulher viu que marido,
Estava cheio de aflição.
De pressa tomou a frente,
Foi atender ao balcão
Mas novamente pintou
Sintomas de confusão.

Ela pouco experiente,
Ignorando mercadorias.
Escutou de um sujeito,
E achou que era putaria,
Um pergunta inofensiva
Que o pobre diabo fazia

A senhora tem tabaco?
Perguntou o tal cidadão.
Tenho sim desaforado,
Mas não é pro teu bico não.
Tenha comigo respeito,
Ou então lhe enfio a mão.

Que cara mais safado,
Que sujeitinho atrevido,
Merece boas pauladas,
E tapas no pé do ouvido,
Ou mesmo virar defunto,
Por obra de meu marido.

O cabra arregalou os olhos,
Não entendendo a questão.
Quanto mais ele falava,
Mais vinha complicação.
Queria provar com o dedo,
E era ali mesmo no balcão!

Senhora não estou pedindo,
Eu quero mesmo é comprar.
Se for bem cheirosinho,
Pode até o dobro cobrar.
Que sou viciado em tabaco
E pago o que for pra cheirar

A mulher ficou vermelha,
Estava prestes a explodir.
Indignada com a proposta,
Que acabara de ouvir
A cara do sujeitinho,
Até pensou em partir.

O homem ficou passado,
Sem saber bem o que dizer.
A mulher bufava de raiva,
E ele sem nada entender.
Só por causa de um tabaco
Ela estava a se ofender.

A polícia foi chamada.
Veja só que confusão.
O marido e os filhos,
Bateram no cidadão.
Que queria a todo custo,
O tabaco em sua mão.

Quando a polícia chegou,
Botou ordem na bodega.
E o sujeito com razão,
A sua inocência alega.
E os insultos alegados
Com veemência ele nega.

O freguês ficou parado,
E a mulher falou: Qual é?
Minha senhora só queria,
Umas graminhas de rapé
Um pouquinho de torrado,
E depois eu dava no pé.

Foi então que a polícia,
Marido e filho deram fé,
Chegaram a conclusão,
Que o tabaco era rapé,
Torrado pra se cheirar,
E não bicho de mulher

Por isso meu amigo
Preste muita atenção
Na hora de comprar fumo
E querer tabaco na mão.
Pois acaba levando fumo.
Quem deles faz confusão.

Quando tudo se ajeitou,
E acabou a confusão.
Seu Zé saiu satisfeito
Levando o fumo na mão
E até saiu sorrindo
Com aquela arrumação.

A mulher do bodegueiro,
Depois de se acalmar.
Foi logo dando o tabaco.
Que o moço queria usar.
Daquela hora em diante,
Reinou a paz no lugar.

Se você quer levar fumo,
Ou um tabaco de primeira,
Meça bem suas palavras.
E não vá fazer besteira,
Pois fica sempre na mão,
Aquele que faz asneira.