segunda-feira, 13 de agosto de 2012

VOU DAR DICAS DE COMO USAR O "HÁ" OU "A"

Usa-se “há” quando o verbo “haver” é impessoal, tem sentido de “existir” e deve ser conjugado na terceira pessoa do singular.

Exemplo: possibilidades de sucesso.
Existem possibilidades de sucesso.

(Note que o verbo existir foi para o plural e o verbo haver ficou no singular, pois nesse sentido ele é invariável)

Ainda como impessoal, o verbo “haver” é utilizado em expressões que indicam tempo decorrido, assim como o verbo “fazer”.

Exemplos: muito tempo não te vejo.
Faz muito tempo que não te vejo.

Quando não for possível a conjugação do verbo “haver” nem no sentido de “existir”, nem de “tempo decorrido”, então, emprega-se “a”.

Exemplos: Daqui a pouco a aula terminará.
Estamos a dez minutos do fim da aula.

(Note que nesses casos temos uma ideia de futuro)

Logo:

Ideia de tempo decorrido =

ideia de futuro  =
 
Importante: Não se usa “Há muitos anos atrás”, pois é redundante, pleonasmo. Não é necessário colocar “atrás”, uma vez que o verbo “haver” está no sentido de tempo decorrido.
Olha gente! Sobre o poema de Álvares de Azevedo.




sábado, 11 de agosto de 2012

Olá gente! Estou postando uma rápida interpretação de um soneto de Álvares de Azevedo.

Confiram o link que está no fim do poema, pois é a aula no meu canal youtube

SONETO

Pálida à luz da lâmpada sombria,
Sobre o leito de flores reclinada,
Como a lua por noite embalsamada,
Entre as nuvens do amor ela dormia!

Era a virgem do mar, na escuma fria
Pela maré das águas embalada!
Era um anjo entre nuvens d'alvorada
Que em sonhos se banhava e se esquecia!

Era mais bela! o seio palpitando
Negros olhos as pálpebras abrindo
Formas nuas no leito resvalando

Não te rias de mim, meu anjo lindo!
Por ti - as noites eu velei chorando,
Por ti - nos sonhos morrerei sorrindo!


http://www.youtube.com/watch?v=AlaJSREAh9g&feature=plcp

sexta-feira, 10 de agosto de 2012


PERÍODO SIMPLES 
(TIPOS DE SUJEITO)

As partes que formam as orações são chamadas dentro da Sintaxe de termos. Observe que não é apenas a palavra que importa nesse estudo, mas a relação entre uma e outra palavra; exemplificando:

Eu ganhei uma blusa.
(blusa = substantivo = objeto dessa oração)

A blusa era nova.
(blusa = substantivo = sujeito dessa oração)

O número de palavras que uma oração contém não expressa, necessariamente, o número de termos.

O pequeno João comprou os livros solicitados.
3 palavras = sujeito 4 palavras=predicado

Claro que quanto mais se dividir os termos da oração, achando seus núcleos, mais se reduzirá o número de palavras a um representar outro termo. Ainda utilizando o exemplo acima:

O pequeno João comprou os livros solicitados.
3 palavras = sujeito simples 4 palavras=predicado verbal
João= núcleo do suj. comprou= núcleo do pred.
o=adjunto adnominal os livros solicitados= objeto direto
pequeno=adj.adnominal livros= núcleo do OD
os= adjunto adnominal
solicitados= adjunto adnominal

Calma. Para refazer a análise em qualquer oração basta começar analisando os núcleos e identificar a função dos temos que sobram até chegar à última palavra da oração.

Vamos estudar a função que cada uma das palavras pode exercer, a partir de três grupos de termos:

a. Termos essenciais: Sujeito e Predicado.

b. Termos integrantes: Complementos Verbais, Complemento Nominal, Agente da passiva.

c. Termos acessórios: Adjuntos e Aposto.

III. Estudo do Sujeito.

Sujeito: termo sobre o qual se declara algo. Observe que é considerado essencial na oração; normalmente, o verbo concorda com o sujeito, então, tente primeiro identificar o verbo.

1. Simples: apresenta um único núcleo.

“Jorge tirava as luvas, calado.”

2. Composto: apresenta dois ou mais núcleos.

“Àquela hora D. Felicidade e Luísa chegavam ao Passeio.”

3. Oculto, elíptico (implícito) ou desinencial (não consta na NGB – Nomenclatura Gramatical Brasileira): ocorre quando a terminação verbal indica o pronome pessoal; ou, interpretasse o sujeito através do contexto.

Pelas três da tarde, Juliana entrou na cozinha e atirou-se para uma cadeira, derreada.”

Sabemos, pelo contexto, que foi “Juliana” quem se atirou na cadeira. “Juliana” será sujeito simples para o verbo entrar e o sujeito do verbo atira-se. Subentende-se; por isso é chamado elíptico.

O sujeito simples, o composto e o oculto, na Gramática, são chamados determinados.

4. Por vezes, o sujeito da oração não é determinado: ou porque o emissor não quer identificá-lo ou porque não se sabe, precisamente, quem é ele; informa-se a ação feita por este sujeito.

Indeterminado:

Cortaram-me o cabelo...- murmurou tristemente.”

No Rocio, sob as árvores, passeava-se; pelos bancos gente parecia dormitar...”

Observe as estruturas das orações com sujeito indeterminado:

1. verbo na 3a do plural (sem referência a sujeito no contexto)

2. verbo na 3a do singular + se
(não transitivo direto) (índice de indeterminação do sujeito)

Importante notar que o verbo da 2a estrutura não poderá ser VTD ou VTDI. O motivo é simples: a estrutura VTD + SE forma VOZ PASSIVA SINTÉTICA – matéria que será estudada posteriormente; mas, você já pode guardar essa informação: na voz passiva, o objeto direto (complemento verbal) passará sempre a sujeito paciente. Essa é a característica principal da voz passiva; portanto, se o objeto será o sujeito, não se pode falar em sujeito indeterminado – ele será paciente (não faz ação), simples ou composto.

Vamos ver um exemplo dessa ocorrência:

a. O aluno comprou um livro. (Voz Ativa – sujeito é agente)

b.Um livro foi comprado pelo aluno. (Voz Passiva Analítica – sujeito é paciente)

c.Comprou-se um livro. (Voz Passiva Sintética)

Os termos em destaque nas orações acima têm função de sujeito. Veja: “um livro” era objeto direto na oração 1 e passou a ser sujeito nas orações 2 e 3.

5. Oração sem sujeito – Sujeito Inexistente.

Já sabemos qual a definição mais comum nas Gramáticas sobre sujeito: trata-se de um termo essencial sobre o qual se declara “algo”; porém, com razão, muitos estudiosos da língua acreditam ser equivocada essa definição. Basta verificar que, em nossa língua, existe a oração sem sujeito, portanto, não se pode afirmar que o sujeito é essencial; poder-se-ia dizer que o essencial é classificar o sujeito – esta, sim, uma afirmação que podemos fazer sem risco de errar.
Na oração sem sujeito, não um termo sobre o qual se declare algo; simplesmente, faz-se uma declaração, informa-se alguma coisa, trata-se de uma constatação. Tanto é assim que os verbos que indicam fenômenos da natureza são impessoais: não admitem sujeito, por quê? Porque se diz “chove forte”, constata-se o fenômeno natural. E se seguirmos a definição convencional de sujeito, procurando nesta frase sobre o que se está falando, chegaremos à conclusão de que se está falando do próprio fenômeno, que é expresso pelo verbo e não por um
substantivo ou pronome. Diferente seria afirmar “a chuva está forte”, aqui se está afirmando algo sobre “a chuva”.

Feita essa introdução, você deverá preocupar-se em perceber quais as estruturas verbais que representarão as orações sem sujeito. Fique atento  às estruturas e ao sentido.

Sempre encontraremos orações sem sujeito com o verbo HAVER, desde que ele esteja no sentido de existir, ocorrer (realizar), acontecer ou indicando tempo passado. Veja alguns exemplos:

Havia muitos curiosos na rua.
(HAVER - no sentido de existir)

um ano não nos encontrávamos.
(HAVER - indicando tempo passado)

II. Outras estruturas de oração sem sujeito

O verbo SER, quando usado para indicar circunstâncias ligadas a tempo, clima, distância e indicação de horas.

São 7 horas.
(SER – indicando horas, distância, temperatura)

Chovia naquela noite.
(Fenômenos da natureza)

Atenção também aos verbos FAZER e ESTAR, indicando circunstâncias relacionadas a tempo ou clima.

Fazia calor na sala.
(FAZER – indicando tempo passado ou clima)

Está 30o graus em São Paulo.
(ESTAR – indicando clima)

III. Concordância dos verbos impessoais - HAVER

O verbo HAVER, quando impessoal, não admite sujeito e deverá ser flexionado na 3ª pessoa do singular.

Havia muitos alunos na sala.(CORRETA)

Haviam muitos alunos na sala.(INCORRETA)

O verbo HAVER nem sempre será impessoal, pois ele poderá ser empregado como auxiliar nos tempos compostos será flexionado no plural, se houver um sujeito plural.

Os alunos haviam feito várias perguntas ao professor.

IV. Regra geral de Concordância Verbal: verbo concorda com o sujeito.

Existiam muitos alunos na sala.(CORRETA)
(Sujeito)

Existia muitos alunos na sala.(INCORRETA)

OUTROS VERBOS IMPESSOAIS

Os verbos que indicam FENÔMENOS DA NATUREZA são impessoais, não admitem sujeito e devem ficar na terceira pessoa do singular. É o que se ocorre com os verbos: chover, gear, nevar, trovejar, amanhecer, anoitecer, relampejar. Preste atenção ao verbo quando usado em sentido figurado; neste caso, ele concordará com o sujeito presente na oração:

“Choveram comentários sobre você”; na frase, o sujeito é comentários, por isso o verbo foi colocado no plural.

O verbo FAZER, ao indicar tempo decorrido, não admite plural, pois não possui sujeito, deve ser usado na 3a. pessoa do singular, tal qual o HAVER.

Faz dois anos que não o encontro.(CORRETA) – “dois anos” é
o objeto do verbo.

Fazem dois anos que não o encontro.(INCORRETA)

III. Verbos impessoais, formando locução verbal:

O verbo principal, o último escrito na locução verbal (auxiliar + verbo principal), será aquele a indicar qual deverá ser a flexão do verbo auxiliar: assim, se o verbo principal for um impessoal, o auxiliar também o será; se o principal for pessoal, o auxiliar concordará com o sujeito presente.

Deve haver questões mais simples. (Oração sem sujeito)

Devem existir questões mais simples.(Sujeito é “questões”)

Há de haver questões mais simples. (Oração sem sujeito)

Hão de existir questões mais simples.(Sujeito é “questões”)

VI. O verbo SER concorda com predicativo (representado por indicação numérica).

O verbo SER “escapa” da regra dos impessoais.

São 7 horas.

Amanhã serão 27 de março.

Eram 13 quilômetros até sua casa.

Devem ser 2 horas agora.

VII. Casos especiais:

1.Verbos em sentido figurado: concordam com o sujeito.

Choveram comentários sobre as circunstâncias do fato.
(sujeito)

2.Verbo TER usado como HAVER: torna-se impessoal.

Tinha muitas testemunhas no local.

3.Verbos PARECER e FICAR:

Parecia noite, de tantas nuvens escuras.

De repente, ficou dia.

4.Verbos BASTAR e CHEGAR + DE:

Basta de violência!

Chega de tanta confusão!


quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Achei essa tirinha pela internet e nem sei onde, mas gostei.

VERBOS TRANSITIVOS E INTRANSITIVOS

Verbos transitivos precisam de um complemento

Se diretos = complemento não introduzido por preposição
dizer ( o quê? ) Qual a diferença... (1º quadrinho)
Se indiretos =  complemento introduzido por preposição
preciso ( de quê ? ) disto (de + isto - último quadrinho)

O complemento de um verbo transitivo direto é um objeto direto
O complemento de um verbo transitivo indireto é um objeto indireto

Verbo intransitivo é aquele que não precisa de complemento para ser completamente entendido.

Meu conhecimento aumentou.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Olá pessoal,
resolvi postar o link do meu canal do youtube. Vou publicar algumas aulas e videos de alunos lá.
Abraço.
Clica aí olha!
http://www.youtube.com/channel/UCNPLISpp1oyPVWPjCS1k4rg/videos
Alguns alunos esqueceram quais são as orações coordenadas durante a aula de hoje, sendo assim, resolvi postá-las

PERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO

No período composto por coordenação, as orações se ligam pelo sentido, mas não existe dependência sintática entre elas.

As orações coordenadas de subdividem em:
1-    Assindéticas- Não são introduzidas por conjunção.
2-    Ex.: Trabalhou, sempre irá trabalhar.
3-    Sindéticas- São introduzidas por conjunção. Esse tipo de oração se subdivide em: 

1- Aditiva: idéia de adição, acréscimo. Principais conjunções usadas: e, nem, (não somente) ...como também.
Ex.: O professor não somente elaborou exercícios como também uma extensa prova.

2- Adversativa: idéia de contraste, oposição. Principais conjunções usadas: mas, contudo, entretanto, porém...
Ex.: O professor elaborou um exercício simples, mas a prova foi bastante complexa.

3- Alternativa: idéia de alternativa, exclusão. Principais conjunções usadas: quer...quer, ora...ora, ou...ou.
Ex.: Ou o professor elabora o exercício ou desiste de aplicar a prova.

4- Conclusiva: idéia de dedução, conclusão. Principais conjunções usadas: portanto, pois, logo...
Ex.: O professor não elaborou a prova, logo não poderá aplicá-la na data planejada. 

5- Explicativa: idéia de explicação, motivo. Principais conjunções usadas: pois, porque.
Ex.:O professor não elaborou a prova, porque ficou doente.
 
A conjunção pois pode introduzir orações conclusivas ou explicativas.Quando tiver dúvidas, procure substituí-la por outras conjunções.

Se antes do verbo, explicativa

Larguei o fardo, pois estava muito pesado

Se depois do verbo, conclusiva

Larguei o fardo; estava, pois, muito pesado

DICA PARA IDENTIFICAR O TIPO DE ORAÇÃO SUBORDINADA

Para diferenciarmos as orações subordinadas, podemos fazer uso de algumas dicas.
Sabemos que as conjunções integrantes (que , se) introduzem as orações subordinadas substantivas e que o pronome relativo (que) introduz as subordinadas adjetivas, então:

que       =       substiruir por isso ( toda a oração)       =      substantiva
que       =       substiruir por qual ( apenas o que)      =       adjetiva
OPA!   As adverbiais não são introduzidas por que


Quero que você me dê trabalho
Quero isso

O trabalho que você fez está ótimo
O trabalho o qual você fez está ótimo

Se você encontrar uma oração introduzida por que, pense em classificá-la como substantiva ou adjetiva.
( para as substituições, também vale as adaptações de ISSO ou QUAL).

Valeu gente boa!

terça-feira, 7 de agosto de 2012


CONCORDÂNCIA VERBAL

SUJEITO CONSTITUÍDO PELOS PRONOMES QUE & QUEM

QUE: se o sujeito for o pronome relativo que, o verbo concorda com o antecedente do pronome relativo.

- Fui eu que falei. (eu falei)
- Fomos nós que falamos. (nós falamos)

QUEM: se o sujeito for o pronome relativo quem, o verbo ficará na terceira pessoa do singular ou concordará com o antecedente do pronome (pouco usado).

- Fui eu quem falou. (ele (3ª pessoa) falou)

Obs: nas expressões “um dos que”, “uma das que”, o verbo deve ir para o plural. Porém, alguns estudiosos e escritores aceitam ou usam a concordância no singular.

- João foi um dos que saíram.

PRONOME DE TRATAMENTO
 
O verbo fica sempre na 3ª pessoa (ele – eles).

- Vossa Alteza deve viajar.
- Vossas Altezas devem viajar.

DAR – BATER – SOAR (indicando horas)
 
Quando houver sujeito (relógio, sino) os verbos concordam normalmente com ele.

- O relógio deu onze horas.
- O Relógio: sujeito
 
Deu: concorda com o sujeito.

Quando não houver sujeito, o verbo concorda com as horas que passam a ser o sujeito da oração.

- Deram onze horas.
- Deram três horas no meu relógio.

SUJEITO COLETIVO (SUJEITO SIMPLES)

- O cardum- e escapou da rede.
- Os cardumes escaparam da rede.

Nesses dois exemplos o verbo concordou com o coletivo (sujeito simples).

Quando o sujeito é formado de um coletivo singular seguido de complemento no plural, admitem-se duas concordâncias:

1ª) verbo no singular.

- O bando de passarinhos cantava no jardim.
- Um grupo de professores acompanhou os estudantes.

2ª) o verbo pode ficar no plural, nesse caso o verbo no plural dará ênfase ao complemento.

- O bando de passarinhos cantavam no jardim.
- Um grupo de professores acompanharam os estudantes

SE
 
Verbos transitivos diretos e verbos transitivos diretos e indiretos + – se:

Se o termo que recebe a ação estiver no plural, o verbo deve ir para o plural, se estiver no singular, o verbo deve ir para o singular.

- Alugam-se cavalos.
“Alugar” é verbo transitivo direto.
“Cavalos” recebe a ação e está no plural, logo o verbo vai para o plural.
Aqui o “se” é chamado de partícula apassivadora (Cavalos são alugados).

Outros exemplos:

- Vendem-se casas.
- Alugam-se apartamentos.
- Exigem-se referências.
- Consertam-se pianos.
- Plastificam-se documentos.
- Entregou-se uma flor à mulher. (verbo transitivo direto e indireto)

OBS: Somente os verbos transitivos diretos têm voz passiva.
Qualquer outro tipo de verbo (transitivo indireto ou intransitivo) fica no singular.

- Precisa-se de professores. (Precisar é verbo transitivo indireto)
- Trabalha-se muito aqui. (trabalhar é verbo intransitivo)

Nesse caso, o “se” é chamado de índice de indeterminação do sujeito ou partícula indeterminadora do sujeito.

HAVER – FAZER

“Haver” no sentido de “existir”, indicando “tempo” ou no sentido de “ocorrer” ficará na terceira pessoa do singular. É impessoal, ou seja, não admite sujeito.

“Fazer” quando indica “tempo” ou “fenômenos da natureza”, também é impessoal e deverá ficar na terceira pessoa do singular.

- Nesta sala há bons e maus alunos. (= existe)
- Já houve muitos acidentes aqui. (= ocorrer)
- Faz 10 anos que me formei. (= tempo decorrido)

SUJEITO COMPOSTO RESUMIDO POR UM INDEFINIDO
 
O verbo concordará com o indefinido.

- Tudo, jornais, revistas, TV, só trazia boas noticias.
- Ninguém, amigos, primos, irmãos veio visitá-lo.
- Amigos, irmãos, primos, todos foram viajar.

PESSOAS DIFERENTES

O verbo flexiona-se no plural na pessoa que prevalece (a 1ª sobre a 2ª e a 2ª sobre a 3ª).
Eu e tu: nós
Eu e você: nós
Ela e eu: nós
Tu e ele: vós

- Eu, tu e ele resolvemos o mistério. (1ª pessoa prevalece)
- O diretor, tu e eu saímos apressados. (1ª pessoa prevalece)
- O professor e eu fomos à reunião. (1ª pessoa prevalece)
- Tu e ele deveis fazer a tarefa. (2ª pessoa prevalece)

Obs: como a 2ª pessoa do plural (vós) é muito pouco usado na língua contemporânea , é preferível usar a 3ª pessoa quando ocorre a 2ª com a 3ª.

- Tu e ele riam à beça.
- Em que língua tu e ele falavam?

Podemos também substituir o “tu” por “você”.

- Você e ele: vocês

NOMES PRÓPRIOS NO PLURAL
 
Se o nome vier antecedido de artigo no plural, o verbo deverá concordar no plural.

- Os Andes ficam na América do Sul.

Se não houver artigo no plural, o verbo deverá concordar no singular.

- Santos fica em São Paulo.
- “Memórias Póstumas de Brás Cubas” consagrou Machado de Assis.

Obs 1: Com nome de obras artísticas, admite-se a concordância ideológica com a palavra “obra”, que está implícita na frase.

- “Os Lusíadas” imortalizou Camões.

Obs 2: Com o verbo “ser” e o predicativo no singular, o verbo fica no singular.

“Os Lusíadas” é a maior obra da Literatura Portuguesa.

- Os EUA já foi o primeiro mercado consumidor.

SER

O verbo “ser” concordará com o predicativo quando o sujeito for o pronome interrogativo “que” ou “quem”.

- Quem são os eleitos?
- Que seriam aqueles ruídos estranhos?
- Que são dois meses?
- Que são células?
- Quem foram os responsáveis?

Quando o verbo “ser” indicar tempo, data, dias ou distância, deve concordar com a apalavra seguinte.

- É uma hora.
- São duas horas.
- São nove e quinze da noite.
- É um minuto para as três.
- Já são dez para uma.
- Da praia até a nossa casa, são cinco minutos.
- Hoje é ou são 14 de julho?

Em relação às datas, quando a palavra “dia” não está expressa, a concordância é facultativa.

Se um dos elementos (sujeito ou predicativo) for pronome pessoal, o verbo concordará com ele.

- Eu sou o chefe.
- Nós somos os responsáveis.
- Eu sou a diretora.

Quando o sujeito é um dos pronomes isto, isso, aquilo, o, tudo, o verbo “ser” concordará com o predicativo.

- Tudo são flores.
- Isso são lembranças de viagens.

Pode ocorrer também o verbo no singular concordando com o pronome (raro).

- Tudo é flores.

Quando o verbo “ser” aparece nas expressões “é muito”, “é bastante”, “é pouco”, “é suficiente” denotando quantidade, distância, peso, etc ele ficará no singular.

- Oitocentos reais é muito.
- Cinco quilos é suficiente.


CONCORDÂNCIA NOMINAL

Nada mais é que o ajuste que fazemos aos demais termos da oração para que concordem em gênero e número com o substantivo.

Teremos que alterar, portanto, o artigo, o adjetivo, o numeral e o pronome.

Além disso, temos também o verbo, que se flexionará à sua maneira, merecendo um estudo separado de concordância verbal.

REGRA GERAL: O artigo, o adjetivo, o numeral e o pronome, concordam em gênero e número com o substantivo.

- A pequena criança é uma gracinha.
- O garoto que encontrei era muito gentil e simpático.

CASOS ESPECIAIS: Veremos alguns casos que fogem à regra geral, mostrada acima.

a) Um adjetivo após vários substantivos

1 – Substantivos de mesmo gênero: adjetivo vai para o plural ou concorda com o substantivo mais próximo.
- Irmão e primo recém-chegado estiveram aqui.
- Irmão e primo recém-chegados estiveram aqui.

2 – Substantivos de gêneros diferentes: vai para o plural masculino ou concorda com o substantivo mais próximo.
- Ela tem pai e mãe louros.
- Ela tem pai e mãe loura.

3 – Adjetivo funciona como predicativo: vai obrigatoriamente para o plural.
- O homem e o menino estavam perdidos.
- O homem e sua esposa estiveram hospedados aqui.

b) Um adjetivo anteposto a vários substantivos

1 – Adjetivo anteposto normalmente: concorda com o mais próximo.
Comi delicioso almoço e sobremesa.
Provei deliciosa fruta e suco.

2 – Adjetivo anteposto funcionando como predicativo: concorda com o mais próximo ou vai para o plural.
Estavam feridos o pai e os filhos.
Estava ferido o pai e os filhos.

c) Um substantivo e mais de um adjetivo

1- antecede todos os adjetivos com um artigo.
Falava fluentemente a língua inglesa e a espanhola.

2- coloca o substantivo no plural.
Falava fluentemente as línguas inglesa e espanhola.


1 – sempre concordam com a 3ª pessoa.
Vossa santidade esteve no Brasil.

e) Anexo, incluso, próprio, obrigado

1 – Concordam com o substantivo a que se referem.
As cartas estão anexas.
A bebida está inclusa.
Precisamos de nomes próprios.
Obrigado, disse o rapaz.

f) Um(a) e outro(a), num(a) e noutro(a)

1 – Após essas expressões o substantivo fica sempre no singular e o adjetivo no plural.
Renato advogou um e outro caso fáceis.
Pusemos numa e noutra bandeja rasas o peixe.

g) É bom, é necessário, é proibido

1- Essas expressões não variam se o sujeito não vier precedido de artigo ou outro determinante.
Canja é bom. / A canja é boa.
É necessário sua presença. / É necessária a sua presença.
É proibido entrada de pessoas não autorizadas. / A entrada é proibida.

h) Muito, pouco, caro

1- Como adjetivos: seguem a regra geral.
Comi muitas frutas durante a viagem.
Pouco arroz é suficiente para mim.
Os sapatos estavam caros.

2- Como advérbios: são invariáveis.
Comi muito durante a viagem.
Pouco lutei, por isso perdi a batalha.

Comprei caro os sapatos.

i) Mesmo, bastante

1- Como advérbios: invariáveis
Preciso mesmo da sua ajuda.
Fiquei bastante contente com a proposta de emprego.

2- Como pronomes: seguem a regra geral.
Seus argumentos foram bastantes para me convencer.
Os mesmos argumentos que eu usei, você copiou.

j) Menos, alerta

1- Em todas as ocasiões são invariáveis.
Preciso de menos comida para perder peso.
Estamos alerta para com suas chamadas.

k) Tal Qual

1- “Tal” concorda com o antecedente, “qual” concorda com o conseqüente.
As garotas são vaidosas tais qual a tia.
Os pais vieram fantasiados tais quais os filhos.

l) Possível

1- Quando vem acompanhado de “mais”, “menos”, “melhor” ou “pior”, acompanha o artigo que precede as expressões.
A mais possível das alternativas é a que você expôs.
Os melhores cargos possíveis estão neste setor da empresa.
As piores situações possíveis são encontradas nas favelas da cidade.

m) Meio

1- Como advérbio: invariável.
Estou meio insegura.

2- Como numeral: segue a regra geral.
Comi meia laranja pela manhã.

n)

1- apenas, somente (advérbio): invariável.
Só consegui comprar uma passagem.

2- sozinho (adjetivo): variável.
Estiveram sós durante horas.